
Arquiteta mineira chama a atenção na Semana de Design de Milão
Juliana Lima Vasconcellos foi convidada pela Lavazza, empresa de café que comemora seus 130 anos, para o lançamento de produto da marca italiana
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No ano em que comemora duas décadas de carreira, Juliana Lima Vasconcellos coleciona bons momentos para marcar a data. A convite da Lavazza, empresa italiana de café, a arquiteta mineira, designer de interiores e criadora de móveis assinou, na Semana de Design de Milão, a instalação “Fonte do prazer”.
Montado no pátio do Palazzo del Senato, o espaço marcou os 130 anos da empresa e o lançamento do Tabli, pastilha que promete inovar no setor de cápsulas de café. “Fui coroada com esse projeto, que teve tanta visibilidade e foi muito bem comentado. Estou muito feliz, está sendo um ano incrível para mim”, afirma Juliana. Ela começou 2025 inaugurando a galeria Vasconcellos Studio, em São Paulo.
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• CURADORIA
A escolha de Juliana pela Lavazza não foi simples. A arquiteta teve três dias, depois do convite, para apresentar a primeira ideia para a curadora Maria Cristina Didero, com quem havia trabalhado na Feira Internacional de Arte e Design TAAD, em Telavive (Israel), e uma semana para mostrar o projeto ao cliente. No início do ano, Juliana fez o projeto executivo. Foram seis meses entre a ideia inicial e a conclusão. A mineira concorreu com um designer cujo nome desconhece até hoje.
• PONTE AÉREA
Há três anos, Juliana vive entre Paris, onde mora, e o Brasil. Em novembro de 2024, ela veio a BH apenas para o jantar, no Museu Inimá de Paula, que marcou o lançamento da sua galeria Vasconcellos Studio. Não esquentou lugar e duas semanas depois já estava de volta à Europa. Retornou no início deste ano apenas para abrir a galeria no Jardim Paulistano, em São Paulo.
• 100% CAFÉ
Juliana conta que só conheceu o produto – um tablete 100% café cujo resíduo é só o pó, não existe cápsula – quando o projeto estava pronto e ela foi à sede da Lavazza, em Turim. Para desenvolver a instalação, levou em consideração sua relação com o produto. “Pensei no meu momento de tomar café depois do almoço. É quando me concentro, pauso o tempo. Quis trazer a representação do café como uma coisa de ritual, criando a ideia meio mística da arquitetura circular. Queria que tivesse força e impacto visual”, explica.
• SONS E CHEIROS
O acesso ao centro da instalação se dá por um corredor, cuja intenção é desconectar o público do mundo exterior. “Pensamos em sons, que criassem ambiência, e nos cheiros. Quando você entrava no corredor, já sentia cheiro de café”, diz Juliana. No fim do corredor, há o encontro com a Fonte do Prazer e da Vida, além de um jardim. O ambiente foi criado para o visitante “viver o momento e se desconectar da turbulência de Milão durante a Milão Design Week”, justifica a arquiteta mineira.
Por último, vem o encontro com o produto. “Na terceira etapa, quis uma estética mais futurista, como se você estivesse chegando ao futuro. Como os empresários da Lavazza dizem, o futuro do café é 100% café. Então, bem-vindos ao futuro do café. É como se fosse um laboratório”, detalha. As máquinas de café e o sofá com sacos de café completavam o ambiente.
As opiniões expressas neste texto são de responsabilidade exclusiva do(a) autor(a) e não refletem, necessariamente, o posicionamento e a visão do Estado de Minas sobre o tema.