
Coleção de autógrafos de Dona Naná guarda memórias do Teatro Marília
A camareira que trabalhou por 30 anos no teatro foi homenageada na noite de comemoração dos 60 anos do Marília. Ela colecionou 10 cadernos de autógrafos
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A abertura das comemorações dos 60 anos do Teatro Marília, na última sexta-feira (25/4), foi simples, mas surpreendeu e emocionou o público que compareceu. Primeiro pela homenagem a Nair Ferreira, camareira por 30 anos naquele teatro.
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Profissional admirada por muitos, até hoje, seis anos após sua morte, Naná deixou grandes lembranças. A mais curiosa delas é a coleção de autógrafos dos artistas que passaram pelo teatro no tempo em que ela trabalhou por lá.
Dos 15 cadernos, 10 estão bem guardados com a família. Dona Naná também dá nome a projeto de lei conhecido como PL da Graxa (Projeto de Lei nº 3022/2021). A emoção da plateia e, principalmente da família, ficou mais evidente com a exibição do documentário “O legado de Dona Naná”, de Mirela Persichini.
Confira o documentário sobre Dona Naná:
Faxineira, zeladora, camareira e atriz, a vida profissional de Naná começou quando o irmão, Nilson, faxineiro do teatro, foi promovido a cenotécnico e indicou a irmã à vaga que estava aberta. Mãe de cinco filhas, Naná sempre as levou para o trabalho. As filhas contam que, ainda meninas, se divertiam brincando nos camarins, colhendo manga nas mangueiras em frente ao Marília, e goiabas no pé que ficava no fundo dos teatros.
PANDEMIA
Tainá Rosa conta no curta que a Lei Dona Naná foi a terceira voltada aos artistas construída na pandemia. “A primeira foi a Aldir Blanc, a segunda foi a Paulo Gustavo e nós, da Graxa [os trabalhadores dos bastidores], fizemos uma terceira, que é a Lei Dona Naná.
Brincamos que as duas leis da cultura, que têm dinheiro, são em homenagem a dois homens brancos, que moravam no Rio de Janeiro. E nós, trabalhadores da cultura, com a terceira lei, fizemos uma homenagem a uma faxineira, uma mulher preta, da Graxa”, disse. De seus 60 anos de vida, 30 Naná dedicou ao Marília.
“VESTIDO DE NOIVA”
A noite de festa do Marília também foi marcada pela reabertura da exposição “Teatro em construção: O Marília nos seus primeiros 20 anos”, organizada por Marília Salgado, filha de Clóvis Salgado, que fundou o teatro. “Vestido de noiva”, peça apresentada na inauguração do teatro, voltou ao cartaz, no sábado (26/4) e no domingo, desta vez sob direção de Ione de Medeiros, com o Grupo Oficcina Multimedia.
“O teatro tem meu nome, mas, com 15 anos, quando ele foi inaugurado, não tinha feito nada ainda, não tinha mérito. Mas sempre amei teatro. E este teatro foi construído por meu pai como presente a Belo Horizonte, que não tinha teatro para artes cênicas. Ele tinha o sonho de fazer um teatro com palco italiano para a cidade”, diz Marília Salgado.
ARTE MINEIRA
A 4ª edição da ArPa Feira de Arte, de 28 de maio a 1º de junho, em São Paulo, reforça a relevância de Minas Gerais no cenário da arte contemporânea brasileira, com a participação de duas importantes galerias do estado – Albuquerque Contemporânea e Mitre Galeria – e sete artistas mineiros (Dyana Santos, Lais Myrrha, Marilá Dardot, Cinthia Marcelle, Brisa Noronha, Matheus Rocha Pitta e Thiago Honório.
Com curadoria primorosa e um ambiente propício para o intercâmbio artístico e comercial, a ArPa consolida-se como um dos principais eventos do setor na América Latina.
NA BAHIA
Ricardo Guimarães e Márcia Guimarães, diretora do Hospital de Olhos de Minas Gerais, participaram do 2° Congresso Baiano de Medicina e Psicologia do Tráfego, em Salvador.
O médico fez a palestra “A visão e o comportamento como fatores preponderantes na direção segura”, e ela apresentou os temas “Perícias médicas de trânsito e suas especificidades” e “TEA e a redução de sobrecarga sensorial”.
As opiniões expressas neste texto são de responsabilidade exclusiva do(a) autor(a) e não refletem, necessariamente, o posicionamento e a visão do Estado de Minas sobre o tema.